domingo, 1 de abril de 2012

8 ano Resumo capítulo III

Primórdios do ciclo do Ouro

Sabemos que no final do século XVII  e século XVIII, Portugal atravessava uma grande crise econômica  - Guerras travadas contra a Espanha pela opressão da União Ibérica, o terremoto que de devastou a Cidade de Lisboa, a Invasão Holandesa no Nordeste brasileiro e os gastos para sua expulsão, a queda do preço do açúcar na Europa.
Por isso, o rei português resolve investir e estimular o encontro de metais preciosos em sua colônia – Oferece prêmios e honrarias a quem os encontrar.
Os bandeirantes, já estavam nesta atividade há bastante tempo em 1693 um grupo comando por Raposo Tavares encontra a primeira jazida na região de difícil acesso da Capitania paulista – a Região de Minas Gerais que depois irá ganhar sua autonomia
Dois anos depois novas jazidas são encontradas em Mato Grosso e Goias

A notícia da descoberta deste valioso metal naquela região incentiva um grande número de pessoas a se deslocarem para aquele local. Para lá chegam pessoas vindas de todas as regiões da colonia como também uma quantidade grande de portugueses que veio até a preocupar as autoridades portuguesesas devido o seu já reduzido número de pessoas na Metrópole.

A região até então por ser de difícil acesso era desabitada e não existia nenhum tipo de comércio para abastecer as necessidades de moradia, alimentação, vestuário das pessoas que chegavam. Foram tempos muito difíceis até que alguma estrutura fosse improvisada.

Mas para lá seguiram os mascates, os tropeiros, pessoas que formaram pequenos comércio para abastecimento desta área

Os processos pra a extração do ouro:

. Para a exploração do ouro, não havia necessidade de muita aparelhagem ou técnicas sofisticadas. O ouro no Brasil era de aluvião, isto é, encontrava-se nas margens dos rios, podendo ser retirado com técnicas rudimentares. Se a compararmos com um engenho de açúcar, poderemos verificar que a mineração era uma atividade que exigia menor capital.

O trabalho empregado na mineração, como na economia açucareira, também era o escravo, mas havia algumas diferenças. O escravo muitas vezes tinha uma certa participação na produção. Havia, portanto, algumas chances de mobilidade na sociedade mineradora, o que não acontecia na sociedade açucareira.

Havia dois tipos de exploração do ouro: as lavras e faisqueiras. As lavras eram exploradas na forma de grande empresa mineradora, com vultoso emprego de capital, muitos escravos, ferramentas e equipamentos. Pelo sistema de lavra exploravam-se minas que exigiam maiores recursos técnicos para a escavação de profundidade. As faisqueiras operavam na forma de pequena empresa, de um só dono, que explorava o ouro da superfície com o trabalho feito por homens  livres ou escravos alforriados.


Em 1729 foi encontrado diamantes na região denominada Tijuco que veio a ser a cidade de Diamantina. Isto despertou grande interesse da Coroa que passou a proibir a entrada na região sem autorização – Criou-se o Distrito de Diamantina. Somente pessoas de com muito dinheiro poderia fazer a exploração dos diamantes  - receberam o nome de contratadores que pagavam altos impostos a Portugal. Com o tempo a Coroa resolver fazer a exploração com seus próprios funcionários


Os impostos sobre as minas

À medida que se descobriam mais jazidas de ouro, maior era a preocupação da Coroa em fazer leis sobre a exploração e o controle da mineração. Em 1702, aparecia o Regimento das Minas de Ouro, que criava um governo especial para a região: A Intendência das Minas, diretamente subordinada à Lisboa. A Intendência administrava, fiscalizava e dirigia a exploração das minas, aplicava a justiça em qualquer desavença e cobrava os impostos (a função mais importante). O governo das minas era exercido por um superintendente, ajudado por um guarda-mor.

Toda preocupação da Coroa era no sentido de vigiar, administrar e cobrar impostos. Não pensava em desenvolver melhores técnicas para a exploração do ouro, feita de forma bastante predatória.

O principal imposto cobrado pela Coroa era o quinto: deveria ser paga a quinta parte de todo o ouro extraído no Brasil. A forma de controle instituída para garantir a arrecadação do quinto foi a obrigatoriedade de fundir todo ouro encontrado na colônia. Casas de fundição oficiais transformavam o ouro bruto (pó ou pepita) em barras marcadas com o selo real, retendo a parte devida à Coroa.

A casa de fundição mais próxima da região das minas era em Taubaté (São Paulo). A longa distância incentivava a sonegação dos impostos. A maior parte do ouro que circulava era em forma bruta, que funcionava como moeda. Tentando evitar isso, a Coroa aumentou a fiscalização e o policiamento, criando postos fiscais nos caminhos que saíam da região mineradora: eram os registros.

Criou-se depois uma outra forma de arrecadação de imposto, chamada capitação: cada mina estava obrigada a pagar determinada quantia  por escravo que usasse na extração, independente da quantidade de ouro que fosse extraído.

Porém, a cobrança de imposto mais autoritária que causou muita revolta foi a chamada Derrama. Por este imposto a capitania estaria obrigada a enviar para Portugal 100 arrobas de ouro. Caso não fosse enviado a coroa poderia cobrar de uma única vez os impostos atrasados e toda a populacão da colonia seria responsável por este pagamento. A cada ano de extração dos metais e as rudimentares tecnicas utlizadas para extração dificultavam o envio para a metrópole, o que foi a causa de algumas rebeliões ocorridas neste período.

As mudanças sociais que a atividade da mineração outro a colonia
- abertura de novos caminhos para a chegada á região
- Uma maior integração das regiões pela necessidade de abastecimento de produtos
- Diversificação da atividade econômica – antes toda a produção estava baseada na produção do açúcar
- Maior mobilidade social, pois com o ouro era possível um homem pobre mudar sua classe social, como também com a atividade do comércio\
- Aumento do contingente populacional da colônia devido ao grande número de portugueses e africanos vindos para as minas
- Maior mobilização de pessoas que mudavam de região
- Surgimento de núcleos urbanos
- Surgimento de novos hábitos culturais e de consumo
- Ocupação do interior da colonia como consequencia da grande movimentação de tropeiros, bandeirantes, vaqueiros e mascates
- Abertura de novos caminhos que deram origem a povoados, estalagem, vendas e posteriormene cidades
- Expansão da colonia rumo ao Sul

Expansão rumo ao Sul e ocupação

Sabemos que durante muito tempo nossa colonização ficou restrita ao litoral do nosso território por diversos motivos: Desconhecimento do interior, difícil acesso devido as mata atlântica e índios bravios, a facilidade para plantação de cana em algumas regiões, as capitanias hereditárias que foram estabelecidas no litoral
Porém a regiao Sul da Colonia era uma regiao muito importante para a coroa portuguesa. Onde hoje encontramos os Estados do Sul, ainda não era habitado e necessitávamos fazer contato com esta regiao chamada Prata para o comércio com as minas de prata da Bolívia e também o comércio com a Argentina. Assim em 1680 foi fundada pelo governo português a colonia de Sacramento. O governo espanhol já desvinculado da União Ibérica, não recebeu bem esta invasão e combateu o governo português em 1681. Porém Portugal saiu vitorioso por hora da questão e ficou com o território. Iremos ver ao longo de nossos estudos que esta regiao será um constante disputa entre outros países devido sua localização estratégica.

A expansão rumo ao Norte da Colonia

Onde hoje temos os Estados que compõe a regiao Norte ainda não fora habitado e reclamado pela coroa portuguesa até 1612. Esta regiao era uma regiao onde era possível encontrar produtos que interessavam muito ao comércio internacional, como Cacau selvagem, pau-cravo entre outros produtos que recebiam o nome de Drogas do Sertão. Por isso, a regiao sofria constantes invasões de países estrangeiros. A França resolve em 1612 fundar uma colonia sua que deu o nome de França Equinocial. Portugal prevendo o risco que isso poderia ser para seu território combate os invasores e consegue expulsá-los.
É promovido uma colonização desta regiao pelos jesuítas que montam ali vários aldeamentos indígenas, a fim de educá-los a religião crista e utilizar sua mão de obra para seu próprio proveito.

Tropeiros, bandeirantes, vaqueiros e mascates
- Foram os grandes responsáveis pela ocupação e fundação de povoados no interior de nosso território
- Os tropeiros eram homens responsáveis por conduzir as tropas de animais que carregavam os produtos de capitania a capitania. Para chegar ao seu destino, muitas vezes tinham que abrir caminhos na mata fechada, que recebiam o nome de picadas e também passarem dias e dias na mata. Por isso, ao longo do caminho que passavam formam surgindo pequenos povoados, vendas, que com o passar do tempo, foram se desenvolvendo formando povoados, cidades
- Os bandeirantes responsáveis pela caça de índios para aprisionamento, como escravos fugidos e procura de metais preciosos, como os tropeiros também necessitaram devastar o território
- Mascates – Comerciantes ambulantes, normalmente cristãos novos – levavam aos povoados as novidades que não eram produzidas nas residencias, como também noticiais de outros povoados. Num tempo em que correio e internet não existiam,, nem carro, estrada de ferro, avião, os mascates faziam a função de levador de notícias e novidades

As rebeliões anti coloniais ocorridas neste período

Estas rebeliões contestavam a cobrança dos altos impostos, a tirania do pacto colonial.. Apesar de combater a opressão da metrópole, desta forma reivindicavam maior liberdade, não tinham a intenção de separação.

A Revolta de Beckmann-  Revolta ocorrida no Maranhão, regiao muito pobre da colonia, liderada pelos irmãos Beckmann – Contestavam o monopólio da companhias de comércio do Maranhão autorizada pela Coroa que obrigava que o comércio do Maranhão só poderia ser realizado por esta companhia.
Os colonos só poderiam adquirir escravos, produtos da Europa através desta companhia e no preço que fosse estipulado por eles. Só poderia vender seus produtos também á eles, que acabavam pagando muito pouco e cobrando muito alto o preço dos produtos. Não ofereciam o número de escravos que contratavam, os produtos eram de péssima qualidade as vezes até estragados.
Estes colonos também eram muito pobres e desejam aprisionar índios para o trabalho no engenho, o que os jesuítas não permitiam com a autorização da coroa. A revolta explode em 1624, é logo contida pelas tropas portuguesas. Os participantes são punidos, porém  a coroa acaba por  modificar um pouco a relação com a companhia.

Guerra dos Emboadas – Conflito ocorrido em 1708 a 1709 na regiao onde foi descoberto o ouro. Envolveu os paulistas bandeirantes contra portugueses aventureiros que foram apelidados pelos paulistas de emboadas por usarem botas que os faziam lembrar um determinada planta com este nome.
Segundo os paulistas a regiao da descoberta lhes pertencia e os português  estavam recebem privilégios que á eles não eram estendidos.
Ocorre o conflito com algumas mortes, os paulistas perdem e acabam abandonando a regiao e se transferindo para Goiais onde acham ouro.

Revolta de Felipe dos Santos –   Ocorrida também na regiao das minas, liderada por um português tropeico que constatava os altos impostos cobrados como também acusavam a corrupção dos funcionários das Casas de Fundicação. Após apresentar suas acusações ao governador da Provincia que as acatou, Felipe dos Santos como também seus companheiros, foi preso. Alguns participantes da revolta foram deportados, outros presos e Felipe dos Santos foi enforcado para servir de exemplo para o restante do grupo

A cultura e a arte brasileira durante o periodo da mineraçao

- Nesta época alguns artista brasileiros receberam o incentivo e o patrocínio de homens da elite mineradora para realização de obras. Desta maneira houve uma grande liberdade em suas criaçoes. São deste periodo as construçoes arquitetonicas que povoavam várias cidades do nosso país principalmente na cidade de Ouro Preto. Ainda podemos encontrar Igrejas, monumentos como esculturas. Um artista que muito se destacou na escultura foi o artista Antonio Francisco Lisboa que ficou conhecido por aleijadinho , conhecido assim por uma provável doença degenerativa  que tirara os movimentos de  suas pernas.
- Na literatura a expressão máxima da criaçao foi o ARCADISMO que utilizava para compror seus personagens, poema ou poesias:
- Personagens mitógicos
- Idealizaçao da vida camponesa
- Visao da cidade como lugar de sofrimento e corrupçao
A maioria de nossos artistas eram homens da elite, que haviam tido contato com a Europa através de seus estudos, propiciados por seus pais, normalmente donos de engenhos ou mineradores. Traziam da Europa ideias de modernidade e as aplicavam  na expressao do arcadismo, do barroco








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