8 ano - resum capítulo 12

Capítulo 12 – A queda da Monarquia e o novo governo republicano
A monarquia brasileira foi derrubada por um golpe militar em 15 de novembro de 1889. Bem antes dessa data, porém, o império já estava muito desgastado, em decorrência, por exemplo, da Guerra do Paraguai e do longo processo de abolição da escravidão. Ao mesmo tempo em que tomava corpo um movimento republicano, o governo de dom Pedro II perdia apoios importantes, sobretudo das elites agrárias, da Igreja e dos Militares.
Fatores que contribuíram para a crise da monarquia
- A extinção do tráfico negreiro – 1850
- A guerra do Paraguai – 1864/1870
- As progressivas leis de libertação da mão de obra negra

• Lei do Ventre livre - 1871
• Lei dos sexagenários - 1885
• Lei Áurea - 1888
• crise no exercito
• questão com a igreja

Guerra do Paraguai – 1864 a 1870 – Brasil, Argentina e Uruguai X ParaguaiFoi o maior conflito que o Brasil já se envolveu - Acontecimento que marca o inicio da crise entre império e republica – Guerra do Paraguai – 1864- 1870 – Tríplice aliança – Argentina, Brasil e Uruguai
A Guerra do Paraguai teve seu início no ano de 1864, a partir da ambição do ditador Francisco Solano Lopes, que tinha como objetivo aumentar o território paraguaio e obter uma saída para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata onde poderia então escoar a sua produção industrial, pois seu produtos tinham que atravessar a Bacia do Prata que abrangia possessoes territoriais do Brasil, Uruguai e Argentina. Ele iniciou o confronto com a criação de inúmeros obstáculos impostos às embarcações brasileiras que se dirigiam a Mato Grosso através da capital paraguaia. O incidente que culminou o início da Guerra foi o aprisionamento de um navio brasileiro em território Paraguaio como também atacou a cidade de Dourados em Mato Grosso.. MAPA PG 234Durante a guerra houve um estimulo por parte do governo brasileiro para arregimentar soldados – os voluntários da Pátria – no inicio jovens soldados saídos da elite participaram, à eles era oferecida recompensas posteriores , contudo com o tempo como poucas pessoas se alistavam, o alistamento passou a ser forçado para os filhos de fazendeiros e parentes que podiam enviar em seus lugares escravos que seriam recompensados com a libertação quando voltassem. Desta maneira, o exército brasileiro era formado então de oficiais da jovem elite e de negros escravizados esperançosos por sua liberdade. A maior parte da batalha ocorreu no território Paraguaio
A guerra durou até 1870 terminando vitoriosa a Triplice Aliança. Como consequencia tivemos:
Paraguai totalmente arruinado, perdendo quase 80% de sua populaçao
Argentina – Passou a deter a supremacia na Bacia do Platina, lucrando muito durante a guerra vendendo suprimentos para o exército aliado
Brasil – Perdeu em torno de 100 mil homens, os gasto com o confllito agravaram a situaçào econômica do país pois foi necessário novos empréstimos com a Inglaterra, o que trouxe sérias questoes politicas à monarquia
O movimento abolicionista e a resistencia dos escravosIncentivados pelas ideias de liberdade, os escravos mostravam-se cada vez mais resistentes ao trabalho forçado. Como a maior parte da população escrava concentrava-se na regiao Sudeste,centro dinamico da economia cafeeira do século XIX, foi se formando uma situação de conflitos e confrontos que ficava cada dia mais tensa. As resistências iam desde a destruição de materiais de trabalh, até a fugas individuais,fugas em massa, suícídios, agressoes e assassinatos dos fazendeiros, que muitas vezes se estendiam por toda a família . E assim podemos explicar a campanha de parcelas de fazendeiros nas novas áreas no Oeste paulista, pelo movimento abolicionista.
A pressao internacional também era grande. O Brasil era o único país independente a manter a escravidão no mundo
A abolição da escravidão – Os escravocratas foram o ultimo grupo social a deixar de apoiar a monarquia. A pressão social pelo fim da escravidão, no entanto, era tão grande que foi impossível para o governo oferecer qualquer resistência. Já em 1871 o governo lançou a Lei do Ventre livre, na qual ditava que os filhos de escravos nascidos deveriam ser postos em liberdade. Porém esta lei tratou-se de uma manobra política para acalmar as críticas abolicionistas, uma vez que possibilitava ao senhor fazer uso do trabalho do nascido até os 21 anos de idade ou receber uma indenização do governo, o que não acontecia. Ler pagina244. Em 1885 foi feita a lei dos sexagenários que colocava em liberdade os escravos após os 65 anos de idade. – O que tornava um bom negócio para o seu dono uma vez que o escravo com esta idade já não era mais tão produtivo, para o escravo, era uma situação de total abandono. A abolição da escravidão aparece, no contexto da transição para a republica, como o golpe final numa estrutura que já tinha sua base totalmente corroída. A republica era um acontecimento de contornos bem nítidos, faltavam apenas algumas pinceladas para que surgisse totalmente definida.
A Lei Áurea de 1888 pag 245 colocou o fim definitivo na escravidão no Brasil e trouxe um problemas para a Monarquia, uma vez que o imperador teria que pagar as indenizações aos senhores de escravos, o que ele não fez. Com isso as ideias republicanas que pairavam nos ares brasileiros ganharam força para concretizarem-se.
O trabalho livre remunerado Desde 1850 com a proibição do trabalho escravo no Brasil, alguns fazendeiros do Oeste paulista começaram a contratar estrangeiros como empregados em suas fazendas. Porém foi em 1878 que o Parlamento Brasileiro tomou a decisão de incentivar a imigração para o Brasil. A ideia era trazer trabalhadores europeus pobres, sem instrumentos de produção e sem condições financeiras de acesso à terra, o que os obrigaria a trabalhar nos cafezais.
Os cafeicultores davam preferencia a esta mao de obra à do ex escravos, por os acharem mais preparados e por desmerecerem o nosso trabalhador. Esta escolha fez com que os ex escravos tivessem uma situação de vida muito dificil após sua libertação. Em contrapartida a situação do migrante não foi melhor uma vez que estes fazendeiros estavam habituados a explorarem em demasia o trabalhador, o que os imigrantes não aceitaram.
Questão religiosa – A constituição de 1824 outorgada ao imperador o direito de interferir na nomeação de bispos e cardeais (padroado) e de decidir quais determinações do papa poderiam ser cumpridas no Brasil. A partir de 1869 – com base nas decisões do Concilio Vaticano I, que estabeleceu o dogma da infabilidade do papa – a Igreja Católica começou uma campanha para aumentar o poder papal em relação aos poderes regionais, tanto civis como eclesiásticos. Inicia-se uma briga entre a ala conservadora do clero brasileiro e o imperador por causa da maçonaria – sociedade secreta da qual possivelmente o imperador fazia parte. Todos os documentos do papa que condenavam a maçonaria eram vetados por Pedro II, o que gerou uma crise entre o Estado e a Igreja. Essa crise teve como momento mais grave a prisão, em 1874, de dois bispos que se recusavam a reconhecer como predomínio da autoridade do imperador sobre a autoridade do papa. No ano seguinte, o imperador anistiou os dois bispos, mas havia perdido definitivamente o apoio que recebia do clero e da Santa Sé.
　
Questão militar – O embate entre o exercito e o governo remontava ao período regencial. Em 1831, o ministro da Justiça, Antonio Feijó, diminuiu o efetivo militar de 30 mil para 10 mil homens, por que as elites temiam as tropas armadas, que oriundas dos segmentos mais pobres da sociedade eram sensíveis ás lutas populares e poderiam voltar-se contra os mais ricos. No governo de Pedro II, a estrutura do exercito foi modificada. A Academia Militar foi reformada e seu alto nível de ensino foi elemento importante na formação de uma elite militar bastante esclarecida e interessada em participar da vida política nacional. A vitoria na guerra contra o Paraguai, além de garantir prestigio as tropas, colocou os militares em contato com as idéias abolicionistas e republicanas, o que fez muitos deles saírem começarem a alimentar um projeto de república em nosso país como também ideias abolicionistas.
``Não é a republica que vem, é o império que vai``
A partir de 1870, as idéias republicanas começaram a ganhar expressão nacional. Uma dissidência dos liberais criou o Partido Republicano, que tinha entre seus lideres Quintino Bocaiúva, Aristides Lobo, Cristiano Ottoni, Rangel Pestana No dia 3 de 1870, tornou-se publico o Manifesto Republicano, no qual eram apresentadas as seguintes propostas políticas:

• Estabelecimento de regime republicano federativo
• fim do senado vitalício, do poder Moderador e do Conselho de Estado
• eleições diretas
• separação entre Estado e Igreja

　
Os revolucionários entendiam que somente uma revolução popular derrubaria a monarquia –
Em 15 novembro de 1889 foi então proclamada a republica , sem qualquer participação das camadas populares. LER Pag. 245
Pedro II e sua família puderam embarcar para Portugal sem sofrer quaisquer constrangimentos, nem mesmo econômicos .Puderam preservar todas as propriedades que possuíam no Brasil
Questões:
1 - Cite os fatores que contribuíram para o final da monarquia no Brasil
2- O que foi o final da monarquia no Brasil e quando isso ocorreu?
3 – Qual o modelo de governo que foi adotado após a proclamação da republica?
4 – Em termos de escolha de governante, o que este novo modelo propunha que marcava uma real diferença do modelo anterior ?
5 – Cite os setores que deixaram de apoiar Dom Pedro II no final de seu governo
6 – Qual o motivo principal da perda de apoio do governo de D. Pedro II, pela/o
Igreja –
Exercito –
Elite agrária -
7 – Qual foi o conflito armado ocorrido durante o governo de D. Pedro II que influenciou na crise de seu governo?
8 – Qual o tipo de trabalho que foi adotado no Brasil a partir de 1850? Por quê?
9- Como o povo reagiu a proclamação da República?
10 – O que foi a Proclamação da República?
11- Que tipo de regime de governo o Brasil adotou após a proclamação da República?
12 – Numa monarquia quem governa é ________________ e numa república _________________